quarta-feira, 24 de julho de 2013

"Trilho do Vouga" PR9 5Km's

Neste último dia de missão tinha ficado para fazermos o Trilho da Aldeia Mágica. 

Acordámos bem cedinho, como estava a começar a ser hábito, e lá fizemos os últimos preparativos. Os rapazes levantaram-se e aprontaram-se, mas a Lola a olhar para eles adivinhou que algo se passava... humm..., nenhum dos dois se encontrava em condições de seguir nesta missão. Dores de cabeça, um pouquito de febre ... melhor mesmo é ficarem em casa. Já no dia anterior nos tinha ficado a sensação de que algo não estava bem uma vez que foram ambos deitar-se bem cedinho... mas pronto. 

Seguimos nós, em direcção à serra, por entre um nevoeiro que se encontrava tão denso que a meio caminho decidimos voltar para trás. Ficaria por fazer um dos nossos objectivos.

Seguimos então até ás Termas de São Pedro do Sul, lembrei-me que havia uns trilhos por lá, sendo um questão de procurar visto que não os tinha colocado no GPS.

Após uma espera de quase uma hora para que houvesse um café aberto nesta Vila (o pessoal aqui começa tarde...), vimos um trilho que nos pareceu bem fazer. "Trilhos do Vouga".
Este pequeno trilho de 5km's, bastante acessível a todos, leva-nos pelas margens do rio que lhe dá o nome servindo assim de descompressão pela calma e serenidade que nos transmite. Ligando as Termas à Quinta de Valgode (perto de Vouzela), calcorreamos as margens do rio onde podemos usufruir de placas de informação sobre a fauna e flora da zona onde nos encontramos. 

Com este trilho acabámos uma semana de trilhos que na altura nos pareceram infindáveis, que nos levaram alguns à exaustão, a cansaço, mas que no fim nos soube tão bem.

Não dado por vencidos prometemos voltar a estas serras para continuarmos pela senda dos trilhos... ficaram nesta semana percorridos os primeiros 58,7km's do "Por Entre Pedras" ...  


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Trilho "Nas Escarpas da Mizarela" PR7 8Km's

Após dois dias de descanso e recuperados do esforço acumulado, partimos para um outro desafio desta feita, para a Mizarela. 

Em Fevereiro, o grupo esteve perto mas nem nos apercebemos, tal era a neve, que havia tal povoação neste lugar. Estivemos no Centro de Interpretação das Pedras Parideiras, mas não tivemos sorte ... nenhuma pedra pariu naquela altura!

Bom, saímos de casa com um nevoeiro que quase não se conseguia ver um palmo à frente mas o nosso optimismo era tal que prosseguimos. Até Manhouce fomos sempre debaixo de nevoeiro, só quando começámos a subir "para o topo do mundo" é que conseguimos ver o azul do céu misturado com as cores quentes do nascer do sol. Chegados ao Parque de Campismo do Merujal, lá seguimos as indicações do nosso percurso. Parecia fácil, por caminhos direitos embora por entre a serra chegámos ao miradouro da Mizarela.... bem um estouro!!! A imponência da queda de água com cerca de 60mts é audível a vários metros de distância ecoando por aqueles vales. Deverá ser muito melhor no Inverno quando o caudal da água atinge o seu expoente! Após umas fotografias, continuámos a descida ainda por estrada alcatroada até entrarmos num caminho que nos iria levar até ao fundo da encosta. 
Caminho muito bem definido mas não muito fácil e ficamos por vezes com a sensação de que do outro lado daquela pedra existe um precipício. Mais uns clicks pois merecia de facto ser registado o manto de nuvens que debaixo de nós pairava vendo-se os picos mais elevados da serra. Fomos descendo mais e mais, avisando eu que se descíamos tanto haveríamos ter de subir!!!   
Chegados ao fundo do vale onde existe uma casa que me parecia desabitada descansámos, aproveitámos para restabelecer os níveis pois após aquela ponte... hummm... é subir 680mts em declive!

Mais durinho a partir daqui, a Lola portou-se mesmo muito bem. Caminhos por vezes estreitos tendo somente a vegetação a separar-nos de uma enorme queda pela encosta. Quem anda de bastões é preciso estar atento não vá colocar o bastão nesta vegetação que não encontra segurança. Alguns troços tem correntes que deveremos utilizar uma vez que do outro lado... a queda poderá ser grande!

Começamos a avistar uma ponte que deveremos atravessar, ponte esta que parece unir duas montanhas separadas por uma ribeira. Linda a paisagem! A Lola parece ter perdido o medo das alturas, da forma como se coloca na ponte! Boa!!! Mais um descanso e um reabastecimento de energia pois ainda nos falta subir mais uns metros.... Ups!! vem aí alguém.. deixem passar. Um homem estava a fazer o trajecto em sentido contrário mas em passo de corrida. A Lola ficou impressionada com a rapidez do senhor saltitando de pedra em pedra como se de uma cabra de montanha se tratasse (com todo o respeito ao senhor, diga-se, mas o homem 'tava com uma pedalada vai lá vai!). 

Lá continuámos o nosso caminho, mais uns metros sempre a subir e avistávamos já a aldeia da Mizarela. Parecia tão próxima mas pelos caminhos que nos levavam as indicações estávamos ainda longe da mesma fazendo com que a Lola já praguejá-se!

Chegados à aldeia sentámos-nos um pouco num café para descanso! Hummm... que bem que soube aquela Coca-Cola... Quinze minutos após retomámos o caminho que nos levava de volta ao nosso ponto de início. 

É de referir que quando faltava á volta de um km para chegarmos aquele senhor que saltitava de pedra em pedra passou por nós deixando a Iolanda boquiaberta com tamanha destreza do senhor!! Que vergonha dizia a Lola!!! eheheheh

E pronto, lá estávamos de volta ao Parque de Merujal, sete horas após o início!! ...mas com o dever de ultrapassar mais uma etapa cumprido!

  
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terça-feira, 23 de julho de 2013

Dias de Relax... mais ou menos

Tendo já planeado um dia de descanso quarta feira foi o dia eleito. Dia este reforçado pela "Generala" Lola pelo que não houve qualquer missão a cumprir.

Enquanto a "Generala" descansava, partimos nós, bem cedo, à descoberta da aldeia e da Vila mais próxima e que cercam o "Headquarter". No fim, calcorreamos também neste dia cerca de 10km's.

De volta ao QG, tocámos a alvorada à "Comandanta" e após algumas palavras não tão simpáticas proferidas para com a restante tropa lá nos preparámos e seguimos para as Piscinas. Estas piscinas integradas no Bioparque de São Pedro do Sul, na serra do Pisão, são bastante agradáveis. Mais agradáveis se tornariam não fossem os bandos de miúdos que nesta altura, pelos ATL's, povoam que nem pardais esta piscina. Mas pronto... bem fixe tendo assim se passado este dia.

Quinta-Feira

Não se sentindo ainda totalmente recuperada do desgaste acordámos com a Lola de que ficaríamos de novo a marcar passo. Mas, claro está, não poderíamos ficar em casa. Achei por bem, até porque me recordava que não seria longe, irmos até ao Mosteiro de São Cristovão de Lafões. 

Caminho por estrada, tornando-se assim bastante menos cansativo, mas nem por isso se deixou de descer e subir as encostas da serra, lá fomos nós a caminho da Gralheira em direcção ao Mosteiro. Já perto do mesmo foi-nos dito por um simpático senhor que se encontrava na pesca que este era agora privado pelo que não nos seria, em princípio, visitar o mesmo. Ora bolas ... tristes, voltámos para trás em direcção ao QG. 

No total, 9km's a juntar ás nossas pernas. À tarde, novamente relax na piscina!!

Na verdade, que bem nos soube a todos estes descansos pois no dia a seguir teríamos uma missão complicada....

  

Trilho "Rota das Bétulas" PR2 10,2km's

Segundo dia de exploração…

A Lola que se encontra em modo “Pata” pediu para que o percurso seguinte fosse um pouco mais pequeno e mais soft. Passei os olhos pelos percursos que havíamos estabelecido e googlei na busca de outros que pudessem servir de recuperação. Falei no percurso da “Rota das Bétulas” com 10km’s mas com alguns declives algo acentuados.
Lá fomos nós bem cedo em direcção ao ponto inicial desta missão que se situa junto ao parque de campismo da Fraguinha. Pelo caminho apercebemos-nos da imensidão de terreno montanhoso que compõe este sistema da Gralheira que é mesmo a perder de vista…
Chegados ao Parque de Campismo, embrenhámos-nos decididos, pelo caminho, serra acima. Embora de fácil acesso o caminho até ao cimo da serra tem muita pedra solta o que abranda um pouco o ritmo.
Já no cimo da montanha e atrasados pelo estado do caminho assim como pela pataroca da Lola, marcas do caminho nem vê-las. Recorrendo ao GPS (um bom investimento é o que digo) e após tirarmos umas chapas deste sitio com uma vista espectacular onde avistamos uma vez mais todo o maciço vê-mos lá ao fundo, bem ao fundinho o nosso próximo objectivo… a aldeia do Candal. Dar com o caminho que teremos de fazer até lá é que não foi fácil pois tal como havia dito não existem ou pelo menos não estavam visíveis as marcas pelas quais nos devíamos guiar, julgo que derivado às obras que ainda se encontram a decorrer para a implantação de gigantes torres eólicas que estragam por completo toda a paisagem destas serras, enfim, talvez um mal necessário.
Após algumas voltas lá demos com o trilho que nos levará pela serra abaixo durante uns 2 km’s. Este caminho deverá ser feito com todo o cuidado pois não é um caminho fácil por entre tojos e silvados. Deu no entanto, para que a Lola realmente se apercebesse da utilidade dos bastões que se tornaram, entretanto, nos seus inseparáveis melhores amigos durante os restantes dias.
Chegados ao Candal o nosso próximo objectivo é Póvoa das Leiras. Entretanto tentámos encontrar um cafezito em Candal para que pudéssemos reabastecer de água, mas nada encontrámos. Seguimos estrada abaixo e deparámo-nos com marcas diferentes … Ups!! … isto não são marcas para a nossa rota!!!  Que se passa aqui?! Não vimos quaisquer marcas a indicar nada pelo que seguimos não sem antes consultar o GPS que nos informava que o caminho era contrário àquele que estávamos a fazer ….
Bom, decidi levar o pessoal encosta abaixo mesmo assim até porque estaríamos a uns 200mts para apanharmos o trilho que o GPS nos indicava. Decisão arriscada e mal tomada como veremos mais à frente. Mesmo avisados por uma simpática senhora de fardos á cabeça que o caminho que tomávamos não levava a nada investimos na nossa opinião de exploradores …
Caminho agreste, com declive bastante acentuado e por socalcos, mais parecia uma expedição retirada dos filmes do Indiana Jones, lá fomos descendo com os nossos dois batedores á frente a desbastar caminho para mim e para a já extenuada Lola. “Dá para descer”, era o que diziam os nossos jovens exploradores ávidos de novas conquistas quando os questionávamos se havia caminho para a direita uma vez que era essa a direcção que deveríamos tomar… Depois de descermos à volta de 200mts em declive e de dois ou três bate-cus da Lola, decidi, qual comandante de batalhão, dizer … “Para tudo, já! Dá ou não dá para irmos para a direita?!” ao que o Igor, o batedor mais velho responde “ammm... as pedras acabaram… agora só mesmo saltando”. Neh! Nada disso, a decisão de campo foi mesmo retornarmos voltando a subir toda aquela encosta com muitas paragens pelo caminho. O calor e a escassez de água estava a começar a tornar-se um problema… De volta á aldeia de Candal, não sem antes passarmos por um senhor que nos perguntava de onde vínhamos e que com um ar de quem nos achava malucos nos dizia “eh na pá!” … vi a tabuleta indicativa do percurso tapada por um estupor de uma carrinha de obras!! Bah!!!
Seguimos então por entre os campos até que demos com o caminho tapado por uma vegetação de fetos, silvas e afins. Julgo que este trilho não deverá ser utilizado há já algum tempo uma vez que tivemos de desbravar para conseguirmos passar. Atravessada esta floresta, seguimos por um caminho de terra, subindo em declive à volta de 300mts. Estourados e já sem água sentámos-nos no topo, já junto a uma estrada asfaltada a descansar um pouco… entretanto á nossa direita uma placa que indicava um café a 100mts… O espírito do grupo alegrou-se, sonhávamos com um oásis, onde nos pudéssemos refrescar e água… beber água! Tomámos o caminho em direcção ao café… imediatamente antes da entrada um fontanário que á primeira pressão na torneira não deitou sequer uma gota de água brotando sim um barulho de estômago aziado!!... olhei para a porta do café … fechado!!! Não podíamos acreditar em tal coisa!!! Póvoa das Leiras estava a vergar-nos pela exaustão!! Avistado entretanto um senhor numa casa, a Lola pediu se nos poderia dar água tendo o senhor, com a simpatia das gentes desta terra, nos mandado entrar e usufruir deste precioso líquido à vontade. “Refresquem-se e podem beber à vontade, vem directa da Coelheira, é agua da boa!!”. Que bem nos sentimos tratados por este precioso bem que é a água e que por vezes tão mal tratamos e desperdiçamos!
Retemperadas as forças e reabastecidos, agradecendo por tudo a este senhor, lá continuamos por entre as ruas desta aldeia. Agora, a cada esquina havia fontanários em que nos refrescávamos em cada que passávamos. Sempre em subida íngreme até aos 900mts repousámos um pouco mais junto a uma placa que nos indicava o final do percurso a 3,7kms. Chamo a atenção e dou aqui uma dica para quem fizer esta parte deste percurso … devido à má sinalização... é só seguir a linha de água mesmo até ao fim.

Rebentados e estourados lá chegaríamos de novo à Fraguinha, com mais um percurso ganho a custo por entre pedras!!

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Trilho "Rota da Cárcoda", PR3 16,5km

Chegado no Domingo ao lugar que nos iria servir de guarida e que serviria de nosso quartel durante a semana em Cavadas, Santa Cruz da Trapa, começámos a descarregar o camião.

Devo dizer que me tornei fã desta zona no passado mês de Fevereiro, altura em que passei aqui uns dias. Paisagens extraordinárias, serras a perder de vista e acima de tudo à borlex!!! … pois o Quartel General é na c.d.s (leia-se “casa da sogra” e nada a ver com qualquer base do partido do Portas), pois a crise toca a todos e há que usufruir destas borlas enquanto se pode.
Organizado o material a levar, os trilhos já inseridos no GPS, toca de ir descansar que no dia a seguir é dia de levantar cedo!! … ALTO!!! .. levantar cedo?? Pois alguns dos elementos, particularmente para a dama Lola o cedo é algo que não consta no seu dicionário mas pronto com algum desagrado lá acatou a ordem de recolha obrigatória!!

Com a alvorada ás 5h, ultimaram-se os preparativos para o nosso primeiro trilho!
“Na Rota da Cárcoda”, PR3, percurso de 16,5km de dificuldade média e com desníveis algo acentuados, humm … pareceu-me bem para inicio! É de referir que para além do Diogo que por inerência do seu desporto (futebol) tem alguma preparação a nível físico, os restantes elementos pelo contrário são adeptos do sofá, pelo que como se irá ver dificultará por vezes o ritmo da caminhada.
Bom por volta das 6h e pouco lá estávamos nós no início do percurso junto á Igreja dos Carvalhais a poucos km’s da base do nosso acampamento munidos de todo o equipamento necessário.
Por entre campos de cultivo, paisagens de suster a respiração pela calma que nos transmite lá fomos nós com os batedores Diogo e Igor a desbastar caminho para as restantes máquinas pesadas… isto até apanharmos as subidas à Serra da Arada … uííí .. isso sim doeu. Aqui viu-se como a preparação dada pelo desporto do sofá não é a mais apropriada para este tipo de aventura. Algumas paragens durante a subida para retomar forças outras para esperar pela Lola que já sofria de dores nas pernas e que segundo a mesma já tinha o coração nos ouvidos!! É realmente fantástico ouvir as queixas das gajas!! … sentem o impossível conseguindo mesmo, por vezes, tirar-nos do sério com os seus fernicoques. Bom nesta altura nem a meio íamos pelo que já estava a ver o que nos esperaria pelo restante caminho. Mas nós rijos que nem aço (confesso que só mesmo por fora porque por dentro só me apetecia era chamar os Helis Puma para batermos em retirada) e assertivos na motivação à Lola lá seguimos por encostas acima e abaixo quais rangers em selvas tropicais, profissionais de montanha e atletas de alto rendimento, certos do nosso objectivo….!

Por fim e passadas quase 7h do início da nossa missão lá chegámos suados e cansados ao final do nosso percurso desejosos de um banho retemperador.


Abaixo deixo algumas fotos do percurso.






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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Na busca do material, parte II

Já percorridos os 6000 km’s que me separavam do nosso Portugal e logo após a chegada ao Aeroporto no dia 03 de Julho, pus-me a caminho das lojas para ultimar as compras…

Cantis, as botas para a Lola (sim… é verdade, sempre comprámos as botas), meias anti-“x”, o GPS, etc. Chegado então a casa vi os bastões que havia encomendado assim como as restantes cenas. Como já havia delineado os percursos a fazer tudo se torna mais fácil de organizar. Assim deixo a lista das coisas que nesta primeira fase achei necessário:
  • Botas de Montanha;
  • Meias;
  • Calças;
  • T-Shirts;
  • Bastões;
  • Cantis;
  • Paracord (just in case);
  • GPS;
  • Canivete (ok, parece uma faca do Rambo mas é muito fixe);
  • Chapéu;
  • Bolsa Primeiros Socorros (não vá a Lola partir uma unha)

Está claro que houve muitas mais coisas que nos acompanharam mas essas são as coisas normais, tipo óculos de sol, creme para o sol, máquina fotográfica, etc … coisas que não nos devemos esquecer, tal como à frente irão reparar.

Feitas as malas (que mais parecia uma carroça dos ciganos), lá partimos nós em viagem em direcção às Pedras …

Abaixo deixo imagem de algum do material que falava


sábado, 13 de julho de 2013

Na busca do material ...

Comprometidos com o nosso objectivo deparamo-nos com um dos pontos mais importantes senão mesmo o mais importante: o Material.
Googlando e buscando nos blogs alguma informação cheguei á belíssima conclusão que o pessoal é todo tonto. Deparamo-nos com uma parafernália de material, com opiniões contrárias e fiquei a perceber zero!, isto é, uns dizem uma coisa outros dizem outra ... digo já que além de não ajudar em nada só mesmo complicou os meus neurónios que se sentiram perdidos no meio de tanta informação e contra-informação.
Tentei mais uma vez, até porque sou um tanto persistente, a busca da verdade em relação ao material necessário ... e toca de ir ao Youtube ver o que o pessoal, enquanto caminhava, utilizava... hummm ... bem vêem-se autênticos Chuck Norris e Rambos na selva ... mas será mesmo necessário tanto material? Até porque depois não teremos nenhuma mula para transportar o mesmo e não me apetece fazer de animal asínino, como tantas vezes acontece em outras situações, logo retiramos uma série de coisas (estojo de sobrevivência, estojo de primeiros socorros, lençóis de alumínio e por aí). Não será nossa ideia andarmos em busca da Esmeralda Perdida, por isso a ideia de Indiana Jones terá de ser posta de lado... assim o material que necessitaremos nesta nossa primeira fase será simples e passo a descrever abaixo:
Botas » Um bem extremamente necessário á caminhada. Um bom par de botas, respirável com sola dura e com bons apoios para o tornozelo. Ah! e que sejam impermeáveis pois não sabemos se não teremos de atravessar algumas chacras e ou ribeiros. Eu que ando de botas todo o ano não precisarei de comprar e a Lola, apesar dos avisos, insiste em usar aquelas da Decathlon baratuchas ... veremos como se aguenta ...
Meias » Bom aqui foi um dos pontos onde a contra-informação mais se fez notar. Existe pessoal que diz para se usar 2 pares de meias (um normal e depois mais um tipo de algodão) para evitar aquelas bolhas chatas nos "pezes". Bom nós vamos comprar umas meias que não me pareceram tão caras assim e segundo dizem serão a melhor opção. Meias de dupla ou tripla camada que absorve e manda fora a humidade através das fibras e que não têm costura ... pareceu-me bem e iremos optar por isto.
Calças/calções » Pensei realmente em comprar uns calções para a caminhada mas depois de pensar e ver alguns sítios por onde queremos andar julgo que calças será a melhor opção. Porquê? bom, estão os meus amigos a ver que nos iremos embrenhar nesse matagal das nossas serras e caminhos e com aqueles coisos com espinhos que nos esfolam as pernocas ... portanto, calças definitivamente, pois dão-nos alguma protecção no que respeita a essas coisas e coisos. Estas também devem ser respiráveis, isto é, deixar que o ar circule para que a humidade causada pelo suor natural se evapore e evite assim aquela sensação de assadura após alguns quilómetros percorridos. Ainda não comprámos as ditas ... e alguns preços deixam-nos a pensar se valerá a pena investir mas julgo que até mesmo no Ebay se consegue algo mais em conta. Em relação a isto voltarei quando comprar ....
T-shirts/camisolas » Esqueçam o algodão! .. embora nos sintamos confortáveis com o dito, humedece rapidamente e não evapora nada ... fibras sintéticas neste caso é o melhor... respirável acima de tudo e existem até umas que por magia eliminam o cheiro do suor... bom muito bom! Existem também e que aconselho de alguma forma t-shirts que filtram os raios de UV ... a pensar neste caso!
Depois de equipados faltam os acessórios de moda e importantes também até para manter o estilo de que sabemos o que estamos a fazer ... uns bonés (existem bué deles); óculos escuros; aqueles lenços que dá para fazer de tudo (colocar na cabeça, ao pescoço, etc) e uns bastões! Atenção que o bastão poderá dar jeito. Equilibram-nos de alguma maneira e suaviza o peso dando mesmo para marcar ritmo e bastante úteis para afastar alguns bichos, quais gladiadores a guardarem o seu território, que nos poderão infernizar durante a caminhada. Vou comprar no Ebay ... claro que não sei se são bons ou não.. mas vêm já com mais umas pontas para utilizarmos consoante o tipo de terreno (neve, lama etc) e baratuchos! Depois acho importante o uso de uma bússola para o caso de nos querermos desviar por qualquer motivo da rota e um canivete de mato para qualquer coisa.
Isto é o que considero desde já essencial para iniciarmos as nossas aventuras.
Após as compras do material em falta algum uso do mesmo darei decerto mais bitaites em relação a isto!
Um abraço e boas pedras!

Sobre nós ...

Antes de mais quero dizer que abrimos este Blog afim de recordarmos e mostrarmos a quem nos visita as nossas aventuras por esses caminhos de Portugal e afins que achamos ser capazes de calcorrear... veremos como corre!
Devo também contar a breve história desta ideia de querer conhecer o Portugal pelos caminhos de pedras e arbustos, até porque sou um tipo idiota, leia-se um gajo com muitas ideias, resta mesmo é saber até quando nos iremos aguentar nos percursos se não acabarmos logo no primeiro ou mesmo a meio dele... Bom, adiante, quem me conhece sabe como gosto de caminhar, natureza e fotografia. Por isso e também para evitar aquelas reuniões familiares secantes aos fim de semana ou mesmo ficar a besourar no sofá ou colado ao computador, ocorreu-me esta belíssima (penso eu) ideia de andar a lavrar terreno! Vai daí, disse à Lola, minha parceira do crime, "Paxi, que achas desta ideia??" Confesso que não a achei deveras exuberante com mais uma ideia saída desta excelente cabeça, mas pronto ... é o que se tem! ... Mas lá respondeu que lhe parecia muito bem e tal e que assim dava para arrebitar o rabiosque que fruto do avançar da idade já, segundo a mesma, não contraria a lei da gravidade e podia ajudar também na perda daquelas gordurinhas que tanto me apraz agarrar .. enfim coisas de gaja!
A nós vão-se juntar o Igor, meu filhote e o Diogo, filhote da Lola ... assim os nossos filhotes! Acredito que, por serem jovens, nos vão deixar agarrados nos nossos planos quando sairmos para desbravar mato .. (não é a opinião da Lola) mas enfim!
Convidamos também todos os que tenham a mesma ideia a se juntarem a nós, juntos seremos bués a calcorrear o Portugal.